quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Embalagem Vende!


Pelo menos no Brasil, a indústria de embalagem ainda sofre com a falta de pesquisas específicas que determinem, por exemplo, as tendências nos hábitos de consumo ou no modo de vida do consumidor moderno. Na maioria das vezes, os empresários do setor acabam se baseando pelo que vêem ou ouvem no exterior, adaptando essas informações à realidade brasileira.Ciente dessa necessidade, o Comitê de Estudos Estratégicos da Abre encabeçou uma pesquisa inédita no Brasil, realizada pela Research International, com o patrocínio da Fispack/Fispal. Em linhas gerais, os resultados prévios do "Projeto Diagnóstico Package — Estudo Qualitativo" mostram que o consumidor brasileiro está cada vez mais crítico, seletivo e exigente em relação às embalagens.A pesquisa também identificou que existe uma diferença muito clara entre as expectativas de homens e mulheres, bem como dos consumidores solteiros e casados, em relação às embalagens. Mas o que importa mesmo é captar e transportar para o cenário industrial toda essa percepção. E é aí que está o grande desafio. Como fazer com que uma garrafa plástica ou uma lata de aço "imprima vida na relação do produto/marca com o consumidor"? Que esta embalagem crie a identidade e a personalidade do produto, agregando valor a ele por meio das sensações que o consumidor anseia por perceber?Atender às necessidades práticas, como funcionalidade, facilidade, rapidez de abertura e uso, praticidade, conforto, conservação do produto e resistência da embalagem, é bem mais fácil. E a indústria nacional está absolutamente capacitada técnica e tecnologicamente para enfrentar esses desafios.O mais complicado é realmente satisfazer às necessidades emocionais do consumidor que espera ser seduzido pela embalagem no ponto-de-venda. Subjetivamente, esse consumidor precisa que a embalagem lhe garanta prazer, gratificação e mexa com a sua auto-estima. Afinal, a embalagem vende.Outra diferença, identificada na pesquisa, diz respeito às expectativas dos homens e das mulheres. Enquanto eles priorizam a praticidade, as informações e a possibilidade de reutilização, elas se preocupam mais com os aspectos visuais e com a beleza, mostrando-se muito mais sensíveis ao poder de encantamento dos invólucros.Diferenças sensíveis também são percebidas entre os consumidores das classes A/B+ e C/D. Os primeiros chegam a aceitar o custo mais alto. Já os consumidores das classes C/D buscam sempre a melhor relação custo/benefício.As diferenças também aparecem nos resultados dos consumidores casados e solteiros. Os casados querem maiores quantidades, possível reutilização das embalagens, elementos próprios para crianças, além de economia e objetividade. Os solteiros, por sua vez, pagam por quantidades menores e individuais, valorizam as instruções/informações, comodidade, praticidade e conforto.O primeiro passo foi dado e a pesquisa foi concluída. A Abre já planeja uma série de outros estudos e, nós vendedores necessitamos estar acompanhando de perto este desenvolvimento, pois embalagem vende!
Fonte: Abre - Associação Brasileira de Embalagem

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